domingo, 11 de janeiro de 2009

Público, coletivo e outras posses...


Na minha caminhada rotineira de fim-de-semana para levar a filha para brincar na pracinha, passo por vários grafites expostos em colunas de viadutos e outros muros que moldam este caminho. Já vi algumas vezes, os criadores dos desenhos em seu momento de criação. O grafite é o tipo de arte que me chama muita atenção, principalmente pela sua ousadia de ocupação dos espaços público urbanos. Em todos outros caminhos que faço todos os dias, penso que tudo obedece a uma ordem não declarada e que os espaços públicos, na verdade, não parecem em sua essência tão públicos assim. Na verdade, o público pouco (ou nada) se apodera deste espaço. Falta essa ousadia do grafite, essa afirmação de propriedade do espaço

Na minha navegação virtual rotineira tive o prazer de conhecer outros "in(ter)ventores" de espaços que me chamaram atenção.

Eles são o coletivo Estúdio Nômade e no final do ano passado colocaram na rua (literalmente) o projeto Estante Pública. Instalaram uma estante com livros, revistas antigas, catálogos telefônicos em um ponto de ônibus em Curitiba.

E a intenção não é incentivar a leitura. A intenção é criar um espaço lúdico, de convivência, provocar a interação.

A Estante foi inaugurada em novembro e sempre tem uma novidade: livros que são levados, outros que são deixados, outros trocados, bilhetes...a reação do público, dono deste espaço é o objeto de estudo e observação do pessoal do Estúdio Nômade.

Eles acompanham e narram as transformações no blog do projeto. Acesse, leia e porque não, tome posse do seu espaço. O público é você!

Um comentário:

Leandro Wirz disse...

Muito legal a inciativa da estante pública em Curitiba. Qdo morava em Bsb, participei algumas vezes da edição local do movimento em que num determinado dia, cada pessoa deixava um livro em algum lugar aesmo e podia pegar outro.
Seu texto é ótimo, especialmente o desfecho. E eu tb adoro grafites, fotografo vários e uso alguns no www.mardecoisa.blogspot.com